Gente, vocês já pegaram aqueles ônibus "Direto" aqui em Floripa? Pois é, o nome já diz: DIRETO. Sem escalas, sem paradas pra paisagem, sem a chance de descer na padaria pra comprar aquele pão de queijo. É do terminal do centro pro terminal do distrito, sem meio termo. Pelo menos, é o que a teoria e a plaquinha no ônibus dizem.
Outro dia, presenciei uma cena digna de roteiro de filme. Um pobre cidadão, provavelmente recém-chegado de Marte ou de algum lugar onde o transporte público funciona de forma lógica, pediu pra descer.
Sabe o que o motorista fez? Nada! Nem um piscar de luz, nem um freio de leve. O sujeito, indignado, interpelou o motorista: "Ei, moço, não vai parar não?". E o motorista, com a serenidade de um monge budista e sem tirar o pé do acelerador, soltou a pérola: "Esse é direto, para só no terminal". O homem, coitado, só pôde se resignar e seguir viagem rumo ao desconhecido. Uma ode à impotência, né?
E não para por aí! Já percebi que essa galera do "Direto" leva o conceito de "não parar" a um nível olímpico. Nem pra pedestre na faixa, fazendo sinal com as mãos, implorando pela vida! Parece que eles estão num rally, e a rua é a pista. A gente quase espera ouvir um "vrummm" e o narrador anunciando a próxima curva.
O Paradoxo do "Direto": Amigos, Amigos, Negócios à Parte (ou Nem Tanto)
Mas aí, vem o plot twist que só o Brasil proporciona. Já vi várias vezes um colega motorista pegar "carona" nesse mesmo ônibus "Direto". E adivinha? O ônibus para! Sim, para! Pra ele embarcar ou desembarcar, numa boa, como se a regra do "direto" fosse apenas uma sugestão para o resto de nós, meros mortais pagantes. É a lei de Gerson elevada à décima potência, com um toque de "você sabe com quem está falando?".
Enfim, parece que o conceito de "direto" virou uma espécie de "seleto". Direto para quem pode e para quem convém. Pra nós, o jeito é segurar firme, torcer pra não ter nenhuma emergência no meio do caminho e admirar a paisagem em alta velocidade. Ou, quem sabe, virar motorista de ônibus pra ter o privilégio de parar onde quiser. Fica a dica!
E você, leitor? Já passou por alguma situação inusitada no transporte público de Floripa? Conta pra gente!
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