Até ontem, o inverno era minha estação preferida. Aquele friozinho gostoso que fazia o cobertor parecer abraço de mãe, o café ter gosto de poesia e o raciocínio fluir como chocolate quente numa caneca bonita. Mas o inverno de 2025 decidiu me trair. E não foi pouco.
Sabe aquele amigo que você adora, mas de repente começa a andar com gente duvidosa? Pois é. O inverno virou esse amigo. Mal começou e já me trouxe duas gripes de presente, e não foram aquelas gracinhas que se curam com chá e uma maratona de séries. Foram gripões dignos de Oscar. Com febre, dor no corpo e uma voz que parecia o Darth Vader com rinite.
Mas o pior não foi isso. O pior foi perceber que, ao meu redor, algumas pessoas decidiram que “espalhar amor” era coisa do passado. Agora é moda espalhar vírus mesmo!
Você espirra no ônibus? Normal. Tem alguém tossindo como se estivesse abrindo o portão do inferno no Ticen? Tradição. Essa só manezinho vai entender. E o auge: crianças tossindo em estéreo na sala de aula, porque tem famílias que pensam:
– “Ah, ele tá só um pouquinho doente, nada que um contágio coletivo não resolva!”
Sério, isso não deveria ser considerado crime contra a saúde pública? Não estou dizendo pra colocar um detector de espirro na porta da escola, mas um senso coletivo básico cairia bem.
Com essa gripe está saindo tanto líquido (e outros fluidos indesejáveis) do meu nariz que meu corpo já não é mais composto de 70% água, deve ser no máximo 10% agora, o resto é dor e tristeza.
E eu, que adorava o inverno, hoje estou olhando pra ele com desconfiança. Será que ainda vale a pena esse relacionamento? Será que não é hora de dar uma chance à primavera? Ou até mesmo ao verão, que pelo menos me derrete, mas não me entope de antigripal?
Se você também já foi traído pelo frio ou está vivendo um relacionamento tóxico com a estação das mantas e das mutações virais... curta, compartilhe e comente aqui embaixo! Vamos desabafar juntos — mas com máscara, por favor. 😷💬